![]() Apatia e energia se revezam em show do Interpol Três atendentes se encarregavam de vender fichas e servir bebida para a longa fila que se estendia no bar, ontem, as 22h20, quando o Interpol subiu ao palco do Via Funchal. Empunhando uma Fender Jaguar - que tem usado nesta turnê - Paul Banks abriu com bi-cordes da calma Pionners to the Falls, do mais recente trabalho, Our Love to Admire. Na seqüência, Banks entrega a Jaguar e assume sua velha Les Paul preta para emendar o hit Obstacle 1, do primeiro álbum, Turn on the Bright Lights. O público responde alto. No palco, o vocalista e o guitarrista Daniel Kessler usam os impecáveis ternos negros. O baixista Carlos D. - sem bigode - camisa vermelha, e Sam Fogarino, camiseta que mostra o físico mais avantajado típico de uma baterista. Na primeira parte eles ainda intercalam ainda Say Hello to the Angels, de TOTBL, com algumas mais apáticas do álbum novo. Apesar da postura e das poucas palavras, a banda se mostra empolgada com a energia do público brasileiro. Ao vivo o Interpol é tecnicamente impecável. Kessler segura com entusiasmo a energia das guitarras, Carlos D. segue em ritual e transe com seu baixo e Fogarino intercala boas invertidas rítmicas. Até mesmo Banks, algumas vezes criticado por desafinar, mantém o timbre grave durante todo o show sem o mínimo deslize. Porém, algumas canções mal escolhidas baixam a energia do espetáculo. Evil, Slow Hands, No I in the thresome, Heinrich Maneuver e Rest my Chemistry são bem recebidas pelo público que lota a pista. O público é menor nos camarotes. O bis é o grande momento do show. A banda abre com uma de suas mais belas composições, a balada NYC. Em seguida tocam a sugestiva Stella was a diver and she was always down, também do primeiro disco. O público responde bem à energia que emana do palco. Os músicos se alinham de costa para o público e ensaiam um improviso. Na seqüência encerram com PDA, do inglês: Public Demonstration of Afect. As luzes se acendem, a banda agradece e deixa o palco aclamada. A impressão que o bis deixa é a que todos gostariam de ver durante o show todo: de um Interpol intenso, lírico, indo direto ao ponto. E o set-list do show do Interpol em São Paulo, cortesia do MusicPills: Pioneer to the Falls Obstacle 1 NARC C’Mere The Scale Say Hello To The Angels Mammoth No I In Threesome Hands Away Slow Hands Rest My Chemistry Lighthouse Evil Heinrich Maneuver Not Even Jail ------------------------------ NYC Stella Was A Diver And She Was Always Down PDA :: Vinicius Aguiari, - 3:48 PM [+] :: ●
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