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::  terça-feira, setembro 18, 2007  ::

Como seria?

Se o Richarlyson, além de campeão, fosse eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro? Está longe? Não sei não.
 

:: Vinicius Aguiari, - 12:03 PM [+] ::

::  domingo, setembro 09, 2007  ::

Do finado ComunicaUel

Publicada em uma das últimas edições do ComunicaUel - o jornal do Centro Acadêmico de Comunicação da Universidade Estadual de Londrina, a entrevista abaixo com a então diretora da Rádio Universidade FM Janete El Haouly, foi realizada por mim e por Marcus Vinicius Fraga, o Markito em meados de 2004.

Um ano após, devido a uma crise política gerada pela reitoria da Universidade Janete foi afastada do cargo. Em 2006 com a eleição de uma nova reitoria, ela assumiu a direção da Casa de Cultura da Universidade.

Na época da publicação, o ComunicaUel atingiu uma de suas melhores edições. Mesmo com a inocência e vícios típicos de um monte de estudantes reunidos em volta de um projeto, nossas edições já não levantavam a bandeira de extrema esquerda estudantil partidarista de tempos anteriores.

Por outro lado também, não houve em nossas edições uma equipe que substituísse a altura o humor e ironia da galera do InstrumbicaUel, coluna mais popular do Jornal.

No Comunica também publiquei certa vez uma crônica/comentário questionando a proibição das festas no campus da Uel pela reitoria. O texto teve uma boa repercussão, mas não me lembro de nenhuma garota ter desejado dar para mim por isto, pelo menos diretamente.

Após nossa geração, talvez duas ou mais três edições do jornal tenham circulado até ele se findar totalmente, levando consigo um pedaço da história e da participação do curso de jornalismo dentro da vida social e política da Universidade Estadual de Londrina.

ENTREVISTA
Janete El Haouli, musicista formada há 30 anos na Faculdade de Música Mãe de Deus, professora da UEL desde 1981, mestrada em Ciência da Comunicação e doutorada em Artes, ambos pela Universidade de São Paulo, é diretora da Rádio Universidade FM (107,9) desde setembro de 2001.
Na entrevista abaixo, Janete nos fala do desafio de dirigir uma emissora educativa, não escutada pelos estudantes da UEL, sobre democratização dos meios de comunicação e da tentativa de fazer uma rádio com qualidade.


Comunica: Quais foram as mudanças implementadas quando você assumiu a direção da rádio?
Janete: Tivemos uma greve de 6 meses. De imediato, eu aceitei aproximadamente 20 projetos de colaboradores voluntários e começamos a produzir e eu coloquei isso no ar, causando um stress enorme do ponto de vista técnico e humano, os equipamentos e as pessoas não suportaram. Decidi lutar pra resolver questões técnicas da rádio, conseguimos o empréstimo de mais uma sala do CECA, conseguimos o apoio cultural e ampliamos a rádio. Tínhamos uma média de 8 programas especiais, fomos para 30. Então, a rádio que já era generalista, está se firmando cada vez mais neste aspecto.

Comunica: A Rádio Universidade é uma emissora de caráter educativo. Como isto se reflete na programação?
Janete: Antes de responder essa pergunta, é uma coisa que a gente reflete muito, o que nós estamos entendendo por educação para se pensar uma rádio educativa porque não existe assim, nenhuma resposta fechada para o que seria uma rádio educativa. Eu tenho repensado muito assim, o que é esse processo radiofônico educativo, eu penso muito em termos de Paulo Freire nesse conceito, educação como busca da autonomia do sujeito. O desafio que nós nos colocamos é pensar uma programação jornalística e musical que instigue o ouvinte a pensar, que instigue o ouvinte a estar mais inquieto.

Comunica: Devido a sua formação como musicista você possui concepções diferentes de rádio, como Rádio Arte por exemplo. Já chegou a transmitir um período de silêncio. É correto transmitir um conteúdo tão erudito através de um meio tão popular?
Janete: Depende o que você entende por erudito e por popular. Quando eu comecei a fazer o meu programa em 91, as pessoas piraram, desde o diretor da rádio até os ouvintes. Eu até falei isso na minha defesa de doutorado: não foram intelectuais, nem os pseudo-intelectuais, nem os elitistas, que me deram retorno. Foram pessoas de um nível social baixo, em termos intelectuais, de 4ª, 8ª série, foram essas pessoas que tiveram a escuta e a leitura mais sensível. Isso me faz pensar quem é que determinou essa popularidade em termos de um veiculo. Ele é um veiculo de comunicação de massa que tem acesso a qualquer tipo de classe social. Talvez a palavra popular aí esteja sendo empregada em relação ao custo. O rádio é barato. O sujeito que é pobre, rico, homossexual, negro, vermelho, quem mais escutar, o rádio é democrático. Se pensarmos nos anos 20, com poetas, escritores, literatos, cineastas, todos estavam dentro do rádio, criando, propondo e todo mundo escutando. Então, que censura é essa que aconteceu nesse veículo de comunicação de massa auditivo chamado rádio, que passou a ser apenas um veículo de entretenimento e de mediocrização. Quem é que decidiu que o rádio não poderia transmitir em massa outros tipos de informação? Quando eu transmiti o silêncio, isso tava dentro de um contexto de um programa que eu faço, o “música nova”. Eu transmiti uma obra musical do John Cage e que posso trazer isso para o âmbito da ecologia acústica. O Cage estava dizendo assim: “Hei, atenção, abra seus ouvidos, abra as janelas e escute, isso não é pra nenhum intelecto privilegiado, isso é pra qualquer ser humano”.

Comunica: Quais são os critérios para as escolhas dos programas?
Janete: Dentro da idéia de fazer a rádio o mais generalista possível, o critério de corte é assim: o que toca na mídia comercial, de forma radical, não entra na rádio, com algumas exceções. Então se me apresentarem um programa de pagode, de axé, ele provavelmente não será aceito. Outro dia, me apresentaram um projeto de música oriental, me interessa. Outro me um projeto sobre música africana. Então, maior número de programas diferentes nós aceitamos.

Comunica: Qual o papel da rádio Universidade na cidade de Londrina?
Janete: O papel da rádio na sociedade Londrina é fundamental como fomentadora, como instigadora pra se pensar a cultura no Brasil. É a única que transmite esse repertório musical mais diversificado, não só do Brasil como também de outros gêneros, e épocas e tendências e sociedades. Grande parte dos discos que nós tocamos vocês não acham quase pra comprar em lojas aqui em Londrina, são pequeníssimas gravadoras que nos mandam. Do ponto de vista jornalístico, de fazer um jornal mais reflexivo, mais inquietante, mais investigativo, um jornalismo cultural mais provocativo. Agora isso é o que eu penso, é o que eu gostaria, e eu dependo de gente pra fazer isso. Em partes nós estamos conseguindo. Fizemos uma parceria como o Instituto Brasileiro de Pesquisa Sociais e Econômicas para traçar o perfil do público. A gente sempre soube que as classes A e B é que eram as que mais escutavam, mas hoje a rádio abriu para a classe C, nós temos ouvintes assíduos na periferia, na Penitenciaria Estadual de Londrina.

Comunica: No Brasil, existe um controle da emissão das concessões de rádio, o que vai contra uma democratização dos meios de comunicação. O que você acha das emissoras comunitárias e piratas?
Janete: Isso é uma coisa complicada. Existem 15 mil rádio comunitárias no Brasil, esses dados são as Policia Federal, 7500 rádios pertencem a evangélicos, mais da metade do restante pertencem a políticos e prefeitos. O restante da metade do restante, uns 300 mais ou menos, pertencem a comerciantes. Assim sabemos que existem algumas rádios comunitárias que funcionam democraticamente, legalmente, não só de uma forma juridicamente, mas de uma forma cumprindo a sua função. Eu tenho participado de alguns encontros de rádios comunitárias. Sou a favor das rádios livres, porque nas rádios comunitárias, as pessoas ficam lutando uns cinco ou seis anos para conseguir a concessão e, quando conseguem, imitam o modelo da rádio comercial, de uma forma mais precária e mais complicada. Sou a favor da democratização verdadeira da informação. Sou favorável, em principio, à função e a existência das rádios comunitárias, mas do jeito que a coisa tá acontecendo no Brasil, prefiro que não haja mais a multiplicação das rádios comunitárias, e sim que façam as rádios livres.

Comunica: A Rádio Universidade transmite o que o estudante da UEL gostaria de escutar?
Janete: A rádio Universidade é desconhecida pelos estudantes da Universidade, segundo uma pesquisa feita por um estudante de Relações Públicas. Daqueles que responderam, que conhecem, que escutam, que conhecem, alguns disseram que escutam e que gostam, e que mudou bastante, etc e tal, a programação, e esse é um desafio. Vamos lançar uma campanha muito contundente de divulgação do dial da rádio , que as pessoas não sabem nem qual é o dial da rádio. Agora é difícil porque nós temos um pouco de cada gênero musical. Se o cara liga o rádio às 3 da tarde raramente ele vai ouvir rock. A rádio é generalista, ela corre esse risco.

Comunica: Você acredita que não deveria haver um espaço maior na Rádio Universidade para debater os temas estudantis?
Janete: Eu acho que deveria haver um espaço para o debate porque não há. Raramente os estudantes estão no microfone debatendo. Agora uma coisa que nós temos que pensar é qual a relação do debate com a sociedade. O que você vai pegar e discutir no microfone, tem interesse, porque a rádio não é interna. Porém, a maioria dos alunos é muito passiva, acomodada, eu falo isso na boa assim, vocês sabem do que eu to falando, eu falo isso para os meus alunos. Sem estudantes a Universidade não existe, muitos esquecem de dizer isso. Porque que eu sou professora lá? Porque existem estudantes. Por que tem funcionários? Porque têm estudantes, é óbvio, mas é bom dizer, porque muitos não se tocam disso. Então está aberto, se vocês quiserem propor alguma coisa.

Comunica: E quais são os planos para o futuro da rádio?
Janete: Eu sou uma pessimista otimista , acredito que no momento nós temos 4 desafios: capacitação técnica, abertura de repertório, criação de repertório da equipe (de produção de programação e de jornalismo) e conquista do ouvinte. Então meu projeto é assim, tecnicamente tentar resolver isso até junho do ano que vem, que é o meu deadline. A rádio fez 14 anos agora. Se com 15, ela não entrar na adolescência para valer, aí eu largo, eu acho. Estou bastante otimista que esse ano nós vamos conseguir algumas parcerias importantes com empresas daqui de Londrina, que querem apoiar a rádio. Quero poder contratar um produtor, sei lá da onde, São Paulo, Rio, Santarém, para fazer uma série sobre música do norte do Brasil e poder pagar. Então é dinheiro, precisa de recursos financeiros e técnicos e humanos.
 

:: Vinicius Aguiari, - 3:38 PM [+] ::

::  terça-feira, setembro 04, 2007  ::

Fopp is over


Triste, mas a Fopp, a loja de cds, dvds e livros mais bacana do mundo anunciou o seu fechamento. Aparentemente a rede não resistiu às novas formas de comércio da musica on-line e sucumbiu.

Apesar de estar junto com a Virgin e HMV entre as maiores do Reino Unido, a Fopp se destacava pelos seus preços, venda de artistas independetes além de possuir acervo melhor selecionado e requintado. Na Fopp era possível comprar o Ok Computer do Radiohead por cinco libras (cerca de 20 reais), o dvd do Acossado do Goudart por seis e o bolachão do Velvet por outros sete, fora as horas perdidas pelos corredores da loja. Loja da Fopp em Covent Garden fechada é obsvervada por transeunte

Ao todo 81 lojas foram fechadas deixando 700 pessoas desempregadas.


Antes do fechamento a HMV já negociava a compra das unidades de Glasgow, Edinburgo, Covent Garden em Londres, Manchester, Nottingham e Cambridge. Divulgada agora, a aquisição das seis lojas vai manter o emprego de cerca de 70 pessoas.


Se até no Reino Unido onde as pessoas ainda têm o costume de comprar discos e cds, os downloads colocaram uma das maiores redes de venda de música porta abaixo, o que será de nós, meros brasileiros que nem uma loja decente de música possuímos?



 

:: Vinicius Aguiari, - 12:35 PM [+] ::

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