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::  domingo, abril 29, 2007  ::

Barganha brasileira


O box com os singles do Belle & Sebastian por este preco, sem comentarios. Do Libertines, queria so o segundo, mas levei os dois. Do Interpol ja tenho o segundo, comprei este pelo preco porque o encarte he muito chato, sem letra ou dado algum.
 

:: Vinicius Aguiari, - 6:26 AM [+] ::

::  quinta-feira, abril 26, 2007  ::

Are they who they are really said being?

Favourite Worst Nightmare, um premio garantido: pior capa do ano

No ano passado, nas primeiras audicoes do debut da banda de Sheffield achei legal. Fiquei curioso para ver o que Alex Turner, o jovem capaz de pintar o retrato de uma geracao tinha posto no papel. Concordei que eles jorravam energia, mas em momento nenhum vi ali um album classico, senao pelo fato de ser o primeiro o qual uma banda subvertia a ordem de primeiro lancar um disco por uma major para entao se tornar um fenomeno. Em suma, os caras arrebentaram com a establishment atraves da revolucao digital.

2006 se foi, o Arctic Monkeys foi indicado e venceu os principais premios da musica inglesa, tocaram no circuito dos festivais europeus e se deixaram que a midia criasse toda a expectativa ao redor do grupo, a ponto de lancar o compacto single se perguntando "Who the fucking are the Arctic Monkeys?".

2007 veio, o gordinho baixista que era a parada mais rock'n roll da banda deixou os caras por motivos inexplicados, eles se curaram das espinhas, o album do Klaxons prometeu frajutamente pintar de cores neon o cenario indie, e o tao esperado segundo album dos Monkeys, Favourite Worst Nightmare veio a tona.A critica britanica clama ele como tao bom quanto o primeiro, mas que credibilidade eles tem? Saibam voces que o Futureheads, que veio no mesmo pacote que o Bloc Party e o Kayser Chiefs em 2005, ja perdeu seu contrato com a gravadora apos seu mediocre segundo album, o qual a critica tambem dizia ser bom.

Escutei F.W.N, coloquei as musicas no meu Ipod, mas nao me pegou. As guitarras estao mais baixas, a energia menor e se no primeiro disco Alex Turner berrava na velocidade de um rapper, agora ele cadencia suas letras prolixas no ritmo de um, soando mais parecido ainda com a linguagem das ruas. Para piorar Dizze Riscal ainda participa de umas faixas. Estava na Virgin hoje e eles tocaram esta faixa e nao pude deixar de concluir: "que bosta". Tudo bem que Alex Turner seja o cronista de uma geracao, mas isto nao necessariamente signifique que seus versos sejam carregados de beleza poetica. Fechando o pacote o disco vem embalado em uma das capas menos criativas dos ultimos tempos.

Novamente o Arctic Monkeys esta com a agenda lotada, sao a sensacao da musica britanica, headlines de festivais de verao pela Europa, mas na verdade nao passam de meros frutos do hype, do esforco da imprensa britanica para que a maior banda do mundo pertenca a terra da rainha. Musicalmente estao passos atras de alguns de seus concorrentes como os escoceses do Franz Ferdinand ou o Strokes. Os Macacos do Artico sao apenas um tiro rapido, musica hibrida para a geracao myspace embalada em Minancora para curar espinhas. O Green Day do 00.
 

:: Vinicius Aguiari, - 6:26 PM [+] ::

::  domingo, abril 22, 2007  ::

Haaa?

...Jesus me chicoteia enquanto eu rio. Assim termina o sonho, Doutor. Acha que tenho algum problema? Porque me parece que tudo já foi escrito ou lido ou visto em todo lugar, e nenhuma idéia ou esforço acontecerá da maneira que eu espero, a inspiração é natural, flui pelos poros sedenta de nenhuma explicação burocrática. Vamos que vamos, sou todo ouvidos. Criação é vontade, talento e dedicação. Também tenho os meus quadrinhos, fuga solitária pra Zona Negativa ou pro Four Freedons Plaza a qualquer hora. Minha ficção é o meu modo de pensar, tenho Eric Clapton e quando quero um pouco de James Brown, pra bom entendedor meia palavra basta, o resto é resto e conseqüência: quem disse que os padres não fornicam, que os cães não se suicidam e que as plantas em cativeiro no meio da sala não imploram companhia? Acha que estou melhorando? Velhos sonhos mortos, novos amigos e uma rosa que brilha sob a luz de um holofote qualquer, dançando ao som da discotecagem tosca do Vale no Sábado à noite. O que pode permanecer senão as batidas ordinárias que ficam pulsando no meu cerebelo? Eu não consigo distinguir a distância da saudade, coisas sem medida como o tempo e a dor da separação. Enchemos nossos copos e brindamos ao que ainda não conhecíamos, sorrindo calmamente. Enquanto o chão desaparecia, mordidas. Dormindo dentro do carro, pedindo marmita de frango com creme de milho, não comendo a salada. Só vou mostrar uma vez, presta atenção que eu não vou pegar mais. Vem aqui, não vai embora agora não. Ai, meu! Tô quebrada. Eu também. Você leva tudo muito a sério. Vai se foder! Vem logo, tô mandando! A tubaína é um real, só não traz a de limão que eu não gosto. Seu mala. Entrou morcego aqui. Vai você. Tenho que ir trabalhar. Que droga! Abriu? Beijo! Será que isso é muito grave? Te amo!


Escrito pelo Aranha. Sei la quantas vezes ja esperei com ele pela marmita de frango com creme de milho, ou quantas vezes ja avaliamos juntos o tamanho do monte de bosta o qual estavamos atolados, ou quantas decidimos enfiar o pe e ir mais fundo. Maluco. So pode dar nisto. O problema he emprego, aluguel, gasolina do carro porque se da ao luxo de ter carro e morar no suburbio. Mas o caminho esta certo. Literatura: ou se imagina ou se vive. O segundo he um pouco mais dolorido, porem mais pratico.

O blog dele he o www.noticiasdeontem.blogspot.com
 

:: Vinicius Aguiari, - 7:16 PM [+] ::

::  sexta-feira, abril 20, 2007  ::

Camden Crawn 2007

Era um belo dia ensolarado e de clima agradável, não tipicamente londrino. Se eu fosse mais uma vez para o trabalho, poderia ter adquirido alguma doença de consequências sem estimativas. Biquei. Ainda sem ter planejado, fui a Camden pela manhã, comprei o ingresso para o festival e voltei para casa esperando o cair tarde para retornar ao local.

O Camden Crawn é uma espécie de South by West (o festival texano) londrino. 15 pubs e bares do bairro, conhecido pela sua agitada cena musical, recebem mais de 80 bandas em dois dias de evento. Ontem, quinta-feira, foi a primeira noite.

A multidao em Camden em um tipico domingoApesar de toda expectativa, dos jornais falando da atmosfera do lugar, o movimento nas ruas era o mesmo de uma weekday comum, um pouquinho decepcionante para quem tinha em mente uma espécie de parada de sete de setembro rock'n roll.

Cheguei e logo entrei no Eletric Ballroom, lendária casa de show do bairro onde o Los Hermanos se apresentaram por aqui no ano passado. Pedi uma cerveja e vi apresentacao do I am Kloot por cerca de dez minutos. Belo esquenta. Show terminado, minha pint está pela metade mas não posso deixar o lugar para beber pela rua. "Você tem que deixar o copo amigo" - "Tá maluco? Me dê um minuto". Era uma pint daquelas.

Servico feito, saio a procurar um novo porãozinho para me esconder. Entro no Underwolrd onde um negro toca hip-hop com bateria acústica. Nao é a minha, estou atrás de guitarras. Caio fora, viro a esquina e desco a rua. Chego ao Oh! Bar, onde eles estão entre o intevalo de uma banda e outra. A esta hora já saquei tudo. Podem existir 40 bandas tocando simultâneamente, você não vai assistir mais que cinco. Saio fora, volto e pego a Parkway Road. Uma fola enorme se forma em frente ao Dublin Castle às oito da noite. Tudo porque, ali, Amy Winehouse fará a sua apresentação. Pensei "Amy cool, ela tem atitude, mas não é a minha. Quero ver guitarras, além do mais, cruzei com ela outro dia na rua, ela mede um 1,50 e nada de bunda."

Objetivo agora é ver de perto a aceitação do público gringo para os brasileiros do Bonde do Rolê. Eles se apresentariam no Bullet bar, no extremo oposto do mapa. Desco a rua, viro outra, erro o caminho, volto, ando mais um monte, atravesso o canal e finalmente chego, às nove em ponto. O Bonde estava marcado para as nove e quinze. Pego outra cerveja, converso com um inglês, conto que sou brasileiros, que vim para ver a banda e tal. Ele me pergunta se gosto. Respondo que pessoalmente não muito, que vim para conferir qual é. A namorada canadense dele chega e se apresenta. É gatinha.

Comer por comer, sou mais a Kelly KeyA banda comeca e nem se eles fossem chamados para animar uma matine de maternal, obviamente censurando suas letras, deviam ser levados a sério. O público até se anima, se empolga com as batidas, que nem de longe beiram a energia de um morro carioca (acreditem porque eu já estive lá e sei como é). O pior é que essa juventude de apartamento classe média, que se aproveita da explosão do funk, é a mesma que faz piada dos costumes dos pobres favelados, que posta videos no YouTube ridicularizando suas empregadas. E ai vem com essa "Eu faço igual a você, mas lá estúdio no meu quarto". Tá bom, dá um tempo, quero ver ir tocar funk pesado tendo que lavar roupa e sustentando filho que você teve ainda solteira. Conclusão: ótimo que o Bonde do Rolê esteja na gringa. Antes aqui do que por ai!!!

Tudo bem porque a essa altura eu também já estava ficando alto. A loirinha canadense, me vendo fazer um filminho com minha velha e defasada Sony DSP-32 2001, pediu para eu tirar algumas fotos para ela. Clico e ela me agradesse me com um beijo molhado em minha bochecha. As coisas estão esquentando. Achei gostoso, mas já são nove e meia. O Black Rebel Motorcycle Club sobe ao palco daqui a uma hora, tenho que me apressar senão quiser ficar de fora. Me despesso do casalsinho. Agora é ele que me tasca um beijo na bocheca. Penso "Que putaria" e vazo!


Chego a tempo de entrar no Underworld. Na parede uma foto de Derrick Green, do Sepultura, com a data que a banda se apresentou por ali. Desço as escadas e vou para o porão onde cerca de 150 pessoas assistem uma loira com sua Fender Telecaster rasgante acompanhada de um baterista. Apresentação enérgica que termina cinco minutos depois. Agora é hora de esperar pelos caras da noite.

O Black Rebel Motorcycle Club está iniciando a turnê de divulgação do seu novo álbum, Baby 81. Na próxima semana, eles fazem um show no Astoria, mas ontem eu tive a oportunidade, finalmente, de assistir uma banda assinada por uma major tocando em um lugar minúsculo, para menos 500 pessoas. E foi foda.
Peter Hayes ao vivo, de Nirvana a Jesus & Mary Chain, tem um pouco de tudo ali, fodao!!!
Nunca fui um grande fã da banda, achei massa o primeiro disco dos caras emulando o Jesus & Mary Chain, escutei o Howl, mas sempre fiquei naquela "Legal, bem produzido, visual, guitarras carregadas, mas falta alguma coisa" --como se os caras fossem o o Forgotten Boys gringo. Porém, ontem meu conceito do grupo mudou. O BRMC é phoderoso, é doido, é pesado.

Peter Hayes sabe disso e logo após a primeira musica, o novo single Berlin, ele pergunta pra galera "Is everybody ok?". Por enquanto. Logo eles emendam a próxima pedrada, Not What You Wanted. A banda basicamente é um trio, somente às vezes precisando de um músico auxiliar, e apesar do timbre e da levada diferenciada, é bastante plausível compará-los ao Nirvana, devido a quantidade de barulho que produzem.

Mais umas duas tijoladas levadas por palhetas alternadas e cadenciadas nas Gibsons semi-acusticas, uma garota sobe ao palco para fugir da multidão ensandecida. Hayes ironiza "She had enough. Is everybody still ok?". Na sequência, mandam a balada Am I Only? A essa altura, o show que tinha sido anunciado para ser curto, apenas 45 minutos, já superava uma hora. Pessoas descabeladas, jaquetas nos bracos, tímpanos realmente estourados, então Hayes pergunta pela ultima vez "Is everybody still really ok?". Claro que não, mas quem se importa, chegamos onde queríamos ao som de Whatever Happened to My Rock´n roll. Esse foi o primeiro show de rock, verdadeiramente rock, que vi neste ano. Obrigado ao Black Rebel Motorcycle Club.
 

:: Vinicius Aguiari, - 8:09 AM [+] ::

::  quinta-feira, abril 12, 2007  ::

Mais uma...

Letras Traduzidas
Emily Kane - Art Brut

Conhecido pelas suas apresentacoes incendiarias, o Art Brut faz um belo esporro lirico romantico desesperado nesta musica, seu maior hit.
Os caras deram as caras no Brasil no ano passado, junto com os escoceses do Franz Ferdinand, no Motomix. Desde que estou por aqui, em Londres, eles ja tocaram duas vezes na cidade. Infelizemente nao vi nenhuma. A proxima acontece dia 13 de junho, no Astoria, desta vez eu nao perco. Uma das que tocam mais alto no meu Ipod. Muito fodona. Com voces: Emily Kane!!!



Eu era seu namorado quando nos tinhamos quinze
isto foi os mais felizes tempos que ja tive
ate penso que nos nao sabiamos
como fazer mais do que segurar maos
existe muito mais de voce que eu sinto falta
o modo desajeitado que costumavamos nos beijar

Eu gostaria de convencer voce que cometi um erro
se a memoria serve, nos estamos ainda dando um tempo
Outras garotas vem e outras garotas vao
Eu nao posso apagar minha velha chama
Eu ainda amo Emily Kane

Toda garota que eu vi desde entao
parece com voce quando eu entorto os olhos
eu sei voce disse isto foi o melhor
Eu ainda nao entendo porque voce me deixou
Tanto de voce que eu sinto falta
Toda vez que vejo um casal beijando-se
Espero que esta musica faca voce famosa
eu quero criancas no onibus cantando seu nome

Outras garotas vem e outras garotas vao
Eu nao posso apagar minha velha chama
eu ainda amo Emily Kane

eu nem sei onde ela vive
eu nao tenho a visto em dez anos
nove meses, tres semanas, Quatro dias, seis horas
treze minutos, cinco segundos

Outras garotas vem e outras garotas vao
Eu nao posso apagar minha velha chama
todos os meus amigos pensam que estou louco
eu ainda amo Emily Kane

existe um monstro em minha alma que nao pode ser domado
eu ainda amo Emily Kane
Imagino que eu nunca va amar novamente
Eu ainda amo Emily Kane

A tocha que eu seguro, he sempre uma chama
Eu ainda amo Emily Kane
Eu espero que esta cancao faca foce famosa
Eu quero crianzas nos onibus cantando seu nome


Todos meus amigos pensam que estou louco
Eu ainda amo Emily Kane
Emily Kane, Emily Kane, Emily Kane
 

:: Vinicius Aguiari, - 9:23 AM [+] ::

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